quarta-feira, 30 de julho de 2008

Dois novos selos

Ganhar selos é legal...

e dessa vez veio em dupla:

Um é o Prêmio Dardos
O Prêmio Dardos tem como objetivo reconhecer os valores que cada blogueiro mostra cada dia em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e palavras.


Tô chique né!
Ganhei da Marina do Te Peguei.

E o outro é Esse Blog é Massa

Segundo a pessoa que indicou quem me indicou (ficou estranho), o prêmio visa dar destaque ao blog de conteúdo original e inteligente na blogosfera.

Só não entendi o por que da Ivete Sangalo está neste selo... será que acham ela tão massa assim... bem, deixa pra lá...
Dado pelo Lucas, do O Apanhador.

Bem o meu muito obrigada Marina e Lucas.

Pelo o que intendi, são apenas selos mesmo. E seguindo as regras, devo indicar para no mínimo 3 blogs, para que estes também indiquem no mínimo 3 blogs, e esses outros indicados indicaram para outros 3, que indicaram para mais 3, e que... bem você conhece essa história da blogosfera.
and, the Prêmio Dardos goes to:- Pequeno Inventário, do Max Reinert
- Champ Vinyl, do Rob Gordon
- O Apanahdor, do Lucas Libório
- Velhos Medos, do Hilário Souza

clap, clap, clap... (sim, são sons de aplausos)

and, the Selo Blog Massa goes to:
- Um Pouco de Bossa, da Paty-Naty Maionese
- Coluna do Lorida, do GilGomex
- Champ Vinyl, do Rob Gordon
- Pequeno Inventário, do Max Reinert


clap, clap, clap...

Acho que nem preciso dá muitas explicações. Apenas adoro estes blogs!

A regra dizia no mínimo 3... então eu posso indicar 4! Hum...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O FIM

- Magali?

- Sim, senhor?

- Minha esposa está vindo para cá, nós vamos almoçar juntos, hoje. Devo tirar mais uma hora de almoço, o que significa que vou demorar. Estou para receber alguns relatórios de empresas até as duas horas, preciso que fique para pegá-lo e dê uma analisada se estarão completos. Caso contrário, já sabe o que fazer. Quando eu voltar, você pode tirar o resto do dia de folga.

- Ah, claro senhor – Magali sempre respondia de boa vontade – senhor, é – ela chegou mais próxima dele olhando direto pra ssua boca – o relatório – ele começou a ficar nervoso, não sabia pra onde olhar, mas sabia que ela tinha uma intenção, pois andava notando o jeito com que ela o olhava nas últimas semanas – tem que – ele sentiu sua boca se entreabrir e suas pernas chegarem para trás e baterem na mesa do escritório – ser exatamente – agora sentia seu coração na boca – da forma...

- Magaliiiii, não brinca comigo desse jeito – ele a afastara calmamente e se virara para ficar de costas para ela – você sabe que eu sou um homem casado e bem casado, e eu amo minha mulher – se virou e falou olhando-a diretamente nos olhos – entendeu?

- Não, seu Pablo. Não entendi. Porque na verdade, eu não quero entender – e em uma rapidez ela se aproximara dele, envolveu seu rosto com suas mãos e lhe beijara.

Pablo não sabia se aquilo era bom ou era ruim. Queria continuar, mas sabia que não devia. Sua boca era tão macia e ela, mesmo contra a vontade dele, o beijava calmamente como se fizesse aquilo sempre.

Ela o soltou e ele percebeu que suas mãos estavam no ar, sem qualquer reação, apenas paralisado naquele instante.

Sem qualquer reação e com a respiração ofegante, Pablo olhou para o lado e lá estava ela, ainda segurando a maçaneta.

Linda, com os longos cabelos negros soltos e sedosos. Respirando aceleradamente fazendo com que seus seios, no decote de seu vestido de estampa florida, se movimentassem rapidamente. Seus olhos começavam a se encher de lágrimas. Mas nenhuma palavra, nada saia de sua boca.

- Flávia?! - Magali foi quem dera o primeiro sinal de vida em meio há um silêncio tão frio e penetrante. - Dona Flávia... que surpresa a senhora por aqui!

Flávia não disse nada, apenas olhava de um para o outro com os olhos embaçados de lágrimas que se seguravam para não caírem.

- Flávinha, por favor, é... vo... você está bem meu anjo? Você... Flávia, por favor, não... não... olha, não é isso... eu não trai você, eu, eu, eu amo você e... e... ela... nós estávamos aqui e... Flávia, fala alguma coisa...?

Mas nada foi dito, apenas abaixara os olhos, fazendo com que duas grossas e pesadas lágrimas caíssem. Lentamente, ela absorvia aquela dor e se virou firmando suas pernas e pegando o caminho de volta ao elevador.

- Não, Flávia, meu bem, volta aqui meu anjo... Flávia – Pablo se apressara para ir atrás de Flávia – não Magali, você fica aqui, e ... - mas, mais nada saiu de sua boca, apenas continuou andando.

Flávia se mantinha ereta diante do elevador, olhando fixamente para frente, com lágrimas presas nos olhos.

- Flávia, meu amor, você está bem?

O elevador abriu suas portas e ela entrou e em seguida, ele. Ele a olhara e sentira um peso enorme no seu estômago. As portas do elevador se fecharam.

- Flávia, por favor – a respiração dele era completamente ofegante, seu coração ainda estava na boca – olha, isso tudo é um terrível engano. Eu não tenho absolutamente nada com ela, ela é uma maluca que hoje resolveu me beijar. De repente ela deve está carente, sei lá. Mas por favor, acredite em mim... Flávinha?

Ela apertou o botão pra garagem e fechou os olhos com força.

- Flavinha, não me tortura desse jeito. Por favor. Pelo menos grita comigo? Flávinha?

Mas ela apenas continuou em silêncio, até o elevador parar e dois homens entrarem conversando sobre empresas no sul. Eles ouviam aquela conversa até chegar à garagem, quando os dois homens saíram em passos apressados e Flávia, seguida de Pablo, caminhavam lado a lado calmamente.

-O meu carro está ali – disse Pablo e Flávia apenas o seguia – mas eu estou sem as minhas chaves.

- Flávia retirou o celular da bolsa, discou os números do escritório e pela primeira vez, falou alguma coisa.

- Alô – sua voz saiu firme e doce – Magali? É a dona Flávia, me faz um favor, mande alguém trazer as chaves e o restos das coisas do meu marido aqui na garegem. Obrigada.

Ela desligou, guardou o celular na bolsa e se virara para a porta do elevador. Dez minutos depois, um rapaz alto e magro veio em direção a eles entregara à Pablo seus pertences. Eles entraram no carro. Pablo, por um instante exitou em ligar o carro, mas apenas respirou profundamente e o ligou. Deu ré e foi em rumo a saída da garagem.

- Pra onde nós vamos? - Pablo arriscou dizer.

- Pra casa – Flávia disse, ainda com a voz firme e doce e segurando lágrimas no olhar que pesavam pra cair. Pablo pensou em sugerir um restaurante, mas logo desistiu da idéia. Precisava enfrentar aquilo de uma vez por todas.

Ao chegarem em casa, pablo repousou a maleta e as chaves em cima do móvel de retratos, colocou as mãos na cintura e observou Flávia parada na porta da sala. Ela entrou bem devagar, repousou a bolsa ao lado da maleta dele, retirou os sapatos, respirou profundamente.

“Ela vai gritar...”, foi exatamente o que veio na cabeça de Pablo que mais parecia aliviado com a idéia.

Pablo – Flávia manteve a voz firme e doce, mas não conseguiu mais segurar as lágrimas que desciam calmamente, sem pressa de cairem. - eu vi o que aconteceu. Não quero saber de nenhum detalhe ou qualquer desculpas. Eu só quero lhe fazer uma única pergunta: se você deseja outras mulheres, para quê que se casou comigo? Pra quê? Por que me pediu em casamento?

Flávia – a voz dele mal saía. Sentiu sua voz embargar com o seu choro. De repente se dera conta de que aquilo poderia ser o fim de seu casamento. - eu não quis... eu te pedi em casamento por que eu queria passar a minha vida inteira ao seu lado. Dormir e acordar com você, ao seu lado, ter filhos, ser feliz com você...

- Queria? Esse deve ser o problema, vo-cê queria...

- Não, eu quero – Pablo alterou sua voz em desespero – eu ainda quero e vou querer pro resto da minha vida...

- Então o que foi aquilo, Pablo? – pela primeira nos últimos cinquenta minutos Flávia estava gritando – uma diversão, um intervalo, uma lembrança da sua época de solteiro ou você só queria experimentar aquela magrela?

Flávia não era assim. Estava estranha. E magrela era um termo um tanto educado pra se usar em um momento de raiva.

- Não, não, não... meu Deus, Flávia! Eu estou dizendo a verdade. Por favor, acredita em mim, por favor?

- Chega Pablo – sua voz mal podia ser ouvida – chega... eu, eu tô voltando pro meu apartamento...

- E quando você decidiu isso? De cabeça quente? Sem me dá uma chance de pr...

- Eu – estou – indo – pro- meu – apartamento – ainda – hoje – e – ponto – final.

- Você não pode...

- Ah, posso sim...

- Não, você não pode me deixar...

- Foi você quem resolveu me deixar. - Flávia pegou os sapatos no chão, a bolsa e subiu as escadas em passos apressados; deixando um Pablo atordoado no meio da sala.