tag:blogger.com,1999:blog-50862878997648363012024-03-14T05:52:10.515-03:00Drops de Mimpor Deise RochaDeise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.comBlogger37125tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-11022790867392031842016-09-03T20:17:00.002-03:002016-09-03T20:17:28.716-03:00Carta às amigas e amigos professores<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; text-align: justify;">
<span style="line-height: 19.32px;">Minhas amigas e amigos, colegas de profissão: lhes peço alguns minutos de sua atenção.</span><span style="line-height: 19.32px;"> </span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Eis que nos chegam tempos já vividos em nossa história.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Ao iniciar a parte histórica datada em 1964, e, mais especificamente, a partir de 1968, o Brasil, nosso país, passava por um difícil confronto, em que a área da Educação sofria diversos ataques e desmontes da educação que Paulo Freire, os movimentos sociais, e os intelectuais do grupo de Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro cerceavam – em linhas filosóficas diferentes, para nosso país. Tudo o que se avançara na Educação em termos de reorganização e valorização da educação e dos trabalhadores da educação, tomava um destino terrível em regredir.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Passados mais de 50 anos desde o golpe militar, a história se data novamente de um campo e cenário político extremamente delicado – das instâncias municipais, estaduais, federal; da educação infantil até o mais alto nível da educação superior. Novamente, a educação passa por diversos ataques que arrebentam com todos os avanços conseguidos até aqui (conquistas que não se devem a partidos - o mérito é da militância popular e do povo). Em meio à luta em fortalecer nossas conquistas, nos vemos entre pautas antigas em manter o que já foi aprovado, e em negar o que já foi rejeitado. Lutamos para que o governo desse país não transforme toda a educação em produto de mercadoria, matando o direito constitucional do acesso gratuito a uma educação pública – que ainda não é de qualidade, e que ainda não é laica.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
A história vem se repetindo entre os retrocessos que vamos tomando. O objetivo: manter o controle sobre nós, classe trabalhadora. Como isso está acontecendo: retomando a educação infantil para o privado, limitando vagas para o fundamental e mais ainda para o médio, empurrando a educação de nível médio e superior para a mão privatista, por meio do discurso de que seremos “Havard”, quando na verdade o que nos espera são “Anhagueras”, que matam em sua essência a pesquisa, a extensão, e até o ensino. Volta-se a atacar e fragilizar a ciência, em nome de uma religião e religiosidade. Acaba-se com concursos públicos, expandem-se as contratações terceirizadas, fragilizando a carreira docente. Apostila todo nosso conhecimento e um padrão único e limitado a ser atendido, mata a criatividade – o ato de criar nosso trabalho. Questiona a importância da educação infantil, desprezando todo o estudo sobre essa base tão importante. Projetos de lei para punir, controlar, prender, calar o professor e a professora. Cortam-se verbas destinadas para as bolsas nos Institutos Federais (que estão sob a ameaça de virar sistema "S") e das universidades públicas – ensino médio, tecnológico e superior. Fala-se em valorizar o professor, mas não pelo ofício de seu trabalho, e sim, pelas medidas que nos empurram ao voluntariado, missionarismo, a valorização pelo cunho sacerdotal, religioso. Entregam a direção de nossas instituições a “outrem”, novamente. Só que dessa vez, não são militares, mas religiosos e capitalistas. Ordenham nossa educação com a finalidade única de atender a demanda do mercado. Sem essência histórica e crítica. Fábrica de salsicha, novamente. Opta-se por não investir, mas cortar a educação da nossa sociedade. Optam por matar o conhecimento científico e cultural da humanidade.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
A estima não é das melhores. Os tempos são difíceis meus amigos e minhas amigas. Mas não podemos ceder. A história se repete pelo seu lado obscuro, repressor. Mas também se repetirá pelo seu lado libertário, emancipador. É nossa vez de resistir na história. De manter nossos braços atados e se impor como muralha forte que resiste pela força popular. E não há de se tomar postura em esperar pelo outro. Nós somos a classe. A classe é quem faz o direito para si, nenhum outro o fará. Somos nós por nós. É tempo de fazer trabalho de base - e este começa pela nossa sala de aula, pela conversa com os pais de nossos alunos, com os trabalhadores que encontramos dentro do ônibus. É a nossa vez de resistir nos tempos sombrios – ser professor nunca nos foi fácil, porque não é o sacerdócio que nos chama, e sim a militância. E a militância é caminho de luta e resistência. A história se repetirá pelo seu lado libertário, emancipador. Não hesitaremos em desistir agora.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Pois a educação não é mercadoria. Ela é direito e pertence a nós.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Um fraterno abraço de resistência e resiliência.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">
Ass: uma professora.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<a class="_58cn" data-ft="{"tn":"*N","type":104}" href="https://www.facebook.com/hashtag/educa%C3%A7%C3%A3on%C3%A3o%C3%A9mercadoria?source=feed_text&story_id=1213595518714212" style="color: #365899; cursor: pointer; line-height: 19.32px; text-decoration: none;"><span class="_5afx" style="direction: ltr; unicode-bidi: isolate;"><span aria-label="hashtag" class="_58cl _5afz" style="color: #4267b2; unicode-bidi: isolate;">#</span><span class="_58cm">educaçãonãoémercadoria</span></span></a></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-63908672470608647742016-08-21T02:59:00.003-03:002016-08-21T03:00:13.676-03:00Coisas que eu queria que meu pai soubesse<div class="" data-block="true" data-editor="5fjdk" data-offset-key="a5kc3-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="a5kc3-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="a5kc3-0-0">Em 1998, a seleção brasileira de futebol masculino disputava a final da Copa do Mundo na França, e teve uma derrota feia, decepcionante. Me lembro com exatidão a expressão de decepção no rosto do meu pai. Grande torcedor do esporte brasileiro. Suas apostas, naquele dia, não foram as melhores. Mas meu pai nunca deixou de acreditar na juventude que representava o Brasil, nas disputas esportivas. </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="5fjdk" data-offset-key="c0t8n-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="c0t8n-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="c0t8n-0-0">Hoje eu percebi como eu não acredito mais nas disputas esportivas do futebol masculino, e até venho torcendo contra. Pra mim está tudo sempre combinadinho. Mas pensei no meu grande pai. E sei que essa não seria sua ação. Porque meu pai era o cara que mesmo depois de muitas decepções e rasteiras, continuava acreditando.</span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="5fjdk" data-offset-key="4bh51-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4bh51-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="4bh51-0-0">Eu só queria que de alguma forma as pessoas soubessem que eu realmente estou me esforçando pra continuar acreditando - na vida, nas pessoas, nas coisas, nas escolhas... E queria que o meu grande pai soubesse que eu tô tentando seguir seus passos, seus princípios e ser a melhor pessoa que eu possa ser. </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="5fjdk" data-offset-key="84sin-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="84sin-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="84sin-0-0">Hoje eu queria ligar pra ele pra dizer isso que eu tô me esforçando. </span></div>
</div>
<div class="" data-block="true" data-editor="5fjdk" data-offset-key="66dsq-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 18px; white-space: pre-wrap;">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="66dsq-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="66dsq-0-0">Que bom que a seleção brasileira de futebol masculino levou o seu primeiro ouro, e bem nas Olímpiadas Rio 2016.</span></div>
</div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-68294622601752079622016-05-18T12:55:00.003-03:002016-05-18T12:55:46.416-03:00Carta aos amigos e amigas militantes desse meu Brasil<div class="MsoNormal">
Sobre a Educação no Rio
Grande do Sul.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A condição de trabalho,
carreira e salário no Estado do Rio Grande do Sul anda em estado de alarme e
pede luta e resistência. Usando das ferramentas que incentivam um regime
hierárquico, o governo do estado, Sartori, coibi e ameaça materialmente os
professores que aderirem a greve, acatada em assembleia pela categoria: haverá
corte de pontos. A nossa solidariedade a categoria docente do Rio Grande do Sul
tem que mostrar apoio e incentivo: não será a primeira vez que governos
ameaçarão nossa categoria em cima de nossos salários. O avanço vem com o
arrocho na resistência em nossa ousadia em lutar. Ontem fiquei sabendo que uma
escola decidiu por não aderir a greve, por conta de seus salários, que já estão
em parcelas, como se fosse relação com as Casas Bahia. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pois bem, a juventude nos
deu banho de lição em ousadia, resistência e luta e não foi para a aula. Aderiu
a greve em nome de seus professores. </div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Procurando por notícias na internet, me deparo com a ocupação de 20 escolas
pelos estudantes secundaristas, e até uma escola que teve seu nome alterado em
uma assembleia estudantil (de Costa e Silva, passa a se chamar Edson Luís,
estudante morto durante a ditadura militar de 1964), dizendo que chegará o
momento em que não haverá mais nome de ditador sendo homenageado nesse país. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A escola pública nos
pertence. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Todo apoio a luta dos
professores e dos estudantes secundaristas do Rio Grande do Sul.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
#ocupaeresiste #ocupatudo
#educaçãonãoémercadoria<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-45820001316320629342016-05-15T00:57:00.000-03:002016-05-15T00:57:15.628-03:00Sobre esse 13 de maio que não pode passar despercebido. <br />
<br />
A Princesa Isabel é referendada nos livros didáticos como grande heroína da abolição da escravatura, após aproximados 350 anos de escravidão de negros e negras, trazidos da África.<br />
O que os livros didáticos, encabeçado pela ideologia positivista, liberal e da direita, nunca nos contaram é que uma grande parte dos negros e negras já não eram mais escravos. A alteza do passado apenas cedeu a pressão internacional do grande famigerado capitalismo que precisava de mão-de-obra que sustentasse o mercado - tanto trabalhando sob um baixo custo ao suor de muito trabalho, quanto consumindo.<br />
<br />
Os livros didáticos também não nos contaram sobre como os movimentos abolicionistas e quilombos ganhavam força na luta pela condição de escravo dos negros e negras. E que este tiveram grande importância na luta, até que o 13 de maio se concretizasse.<br />
<br />
E o que mais me indigna e entristece é que o 13 de maio se concretizou após duas décadas alforriando legalmente os negros e negras da condição de escravo, e não houve sequer alguma medida do Brasil Império para que a população negra tivesse condições de sobrevivência e de viver uma real liberdade. Desde que o processo de alforria de massas de negros e negras se inicia no nosso país, esta população foi sendo expulsa das fazendas, sem trabalho, sem moradia. E foi constituindo suas comunidades urbanas e rurais marginalizados dos direitos civis e perseguidos pela justiça e poder de polícia - como ainda são.<br />
<br />
Somente com muita luta, essa população teve direito a ser inserida nas escolas públicas, na década de 1920, já no Brasil República. E ainda assim, em condições de resistência. As condições para inserir a população negra com efetiva matrícula na educação pública, tanto de crianças e adolescentes, como de jovens, adultos e idosos, se concretiza com veemência e aumento quantitativo, há 22 anos, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1994.<br />
<br />
Mas esse 13 de maio ainda tem muita luta para se marcada e conquistada. Pois a população que entra na taxa de desistência da escola pública tem não apenas classe, mas uma representatividade massiva em negros e pardos (seguindo a estimativa do IBGE).<br />
<br />
Esse 13 de maio ainda não tem a integridade do que se merece ser conquistado: pela situação de vida e vivência das favelas brasileiras, dos quilombos, e população pobre do campo. E não tem porque na luta, brancos como Princesa Isabel são tratados como heróis. E não a população negra que sofreu e ainda sofre consequências de uma elite que enriquece as custas da exploração.<br />
<br />
Viva o 13 de maio!<br />
Em memória da nossa marcha, até que sejamos livres.Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-77272718720318882662015-12-11T20:16:00.000-02:002015-12-11T20:42:31.974-02:00#MeuAmigoSecreto<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> é desses que tem curso
superior, mestrado, é professor e militante das causas populares, que por
várias vezes pediu a companheira para fazer um debate sobre gênero na
comunidade que atuava, mas sequer a escutava quando ela pedia para parar de
passar cantadas e olhar as mulheres na rua, como carne fresca no mercado, e
fazia essa atrocidade mesmo na frente da mina.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> nunca aceitou que a mina
fosse liderança e tivesse uma voz mais escutada e articuladora dos movimentos a
que ambos faziam parte, por vezes, até provocando brigas e a fazendo passar de
louca, e dizendo que ela era bipolar. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> usava da intimidade para
marcar território na frente dos amigos, passando a mão em público, coisa que a
mina não curtia. <b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> nunca respeitou o corpo e o "não"
da mina, o que a fez, por várias vezes se sentir infeliz consigo, sem entender
o que acontecia. A verdade é que o desrespeito ao seu "não" a oprimia
de tal forma, que ela se sentia suja.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> não foi o único motivo,
mas suas ações opressoras desencadeou uma depressão na mina, o que a forçou a
fazer acompanhamento psiquiátrico e tomar medicação, escondida de sua família e
amigos, pois isso mostrava o quanto ela era fraca, e ela não podia ser fraca,
porque era uma mina feminista. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> foi tão "bom
amigo", que no período mais intenso dessa doença, ele brincou com os
sentimentos dessa mina, o que a fez querer trancar seu curso superior e quase
desistir de todos os seus objetivos, achando que o ambiente em que conviviam a fazia
se sentir mal, quando na verdade, o tempo inteiro, era ele quem a fazia mal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> nunca aceitava as coisas
que a companheira fazia, raramente elogiava, sempre criticava, colocava
defeitos, acabava com sua estima, mesmo ela tentado fazer o melhor de si para
agradá-lo, o que inclui as funções de Amélia como cozinhar, limpar, lavar em
uma casa que nem era sua. Por várias vezes jogou amigos contra ela, pois se
fingia de desentendido das atitudes que tomava, e se colocava numa situação de
vitimismo. Essas atitudes só cooperaram para jogar a estima dela no chão, e ser
parte de um jogo de manter sua superioridade a ela, afinal, ele estava sendo o
melhor amigo e companheiro, apontando o que ela fazia de errado, e que para
ela, melhor pessoa não havia. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b>, por várias vezes, em
viagens, a fez passar risco de segurança a sua sexualidade e feminidade, a
deixando andar por locais perigosos, pois ele tinha mais o que fazer a se
preocupar com sua vida. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> se passou de bom moço para
a família dela, para os amigos dela, e ela, no seu jogo, sempre teve vergonha
de dizer que ele a maltratava. Na verdade, ela se sentia tão mal, que trazia a
culpa de todo o maltrato para si. Essa mina, na verdade, foi vítima, por anos,
de uma violência simbólica sem saber, pois ele, cuidadoso, jamais usou de
gritos e nunca lhe levantou a mão, mas usava de beijinhos, abraços e carinhos,
o que a confundia.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> a julgou quando ela cedeu
a doença, e tomou atitudes drásticas, e levou sua doença como frescura,
brincadeira, charminho. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> conseguiu fazer a
ex-namorada e a atual namorada serem inimigas dessa mina. Mas <b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> nunca conseguiu torná-la inimiga das tantas outras mulheres com quem ele usava
para provocar ciúmes. <b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> inclusive seduziu uma delas e a levou a
fazer coisas que ela não queria. A sororidade feminina levou ambas a chorarem
juntas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> plagiou um trabalho dessa
mina, tomou para si, e lhe negou direitos autorais. Mas a enganou, e a seduziu,
e usou de sua condição de macho-alfa para lhe pedir para escrever sua
monografia. Essa mina ajudou na construção do texto, na análise de dados, na
busca de fontes e leituras, mas se negou em sentar e passar horas escrevendo, e
não recebeu um obrigado de volta, mas desprezo por ela não ter feito exatamente
como ele queria.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> a oprimiu de tantas formas
e tantas vezes que a fez esquecer o quão boa pessoa era, e não o lixo que ele
ignorava.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">A verdade é que para <b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> nós
mulheres nunca passamos de mercadoria, objetos de prazer sexual e dominação
para ele se sentir o rei entre leoas. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b> merece ser desmascarado da
pele de cordeiro para os que ainda não perceberam, pois quando essa mina rompeu
qualquer laço com ele, os amigos mais próximos bradaram felizes, comemorando
sua emancipação. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">E mesmo após alguns poucos anos desse
rompimento, outros tantos não entendem o porque nem um “oi” essa mina lhe
direciona. Há tantos motivos, que as pessoas apenas precisam entender: essa
mina não quer se relacionar com capitalistas da carne humana feminina.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Essa mina não derrama mais nenhuma lágrima
por essa história. Mas sabe de todas as cicatrizes e sequelas dessa relação,
tanto que não consegue respirar direito, quando ainda topa em algum ambiente
com ele.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">E há quem vá ignorar a violência simbólica
que essa mina sofreu nas mãos do <b><span style="color: #073763;">#meuamigosecreto</span></b>. Mas talvez você leve a
sério ao saber que essa mina preferiu a morte, e a tentou, a ter que sofrer o
rompimento da relação, pois não queria mais sofrer um dia por esse cara. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Essa mina, hoje, viva e dona de si, depõe
para tantas outras minas, as opressões que sofreu, para que em marcha, juntas,
sejamos livres!</span></div>
</div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-35382303233395316522015-10-26T01:28:00.003-02:002015-10-26T12:37:26.566-02:00Sobre Sacis e Crianças de Rua<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
comemoração ao folclore brasileiro, todos os anos, em meados do mês de agosto
se trabalha nas escolas lendas, parlendas, entre outras manifestações
culturais. Em meu primeiro ano de docência, a escola em que trabalhava na época
decidiu por ainda encerrar o bimestre com cada turma apresentando uma peça de
teatral. Foi um dos momentos mais ricos de aprendizagem cultural para as
crianças. E, particularmente, para a minha turma, também foi um período de
fortes aprendizagens político-sociais: nossa turma escolheu apresentar a obra “Os
10 Sacizinhos”, de Tatiane Belinky. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Entre
as nossas aprendizagens sobre diversas histórias da cultura popular,
trabalhamos com Tarsila do Amaral e as suas representações da figura da Cuca e
a expressão da lenda relacionada a outras obras da artista, que se remetem ao trabalho. Trabalhamos também com
Sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato e todas as possíveis discussões e representações
sociais e imaginativas presentes; inclusão social com questões referentes ao
racismo, negritude, pessoas com deficiência e o uso de drogas. E para além
disso, ainda deu para trabalhar sobre a realidade de crianças de rua.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
que quero chamar a atenção para esta postagem, não se remete em especial ao
quanto aprendemos naquele bimestre (especialmente eu, como professora). Mas
sim, a realidade de muitos Sacis presentes em nossa sociedade. Sempre tive um
incomodo muito grande da figura travessa retratada ao menino peralta de uma
perna só. Sempre me apareceram questões sobre o fato de ser uma
criança órfã, cuidada e ajudante de uma figura folcloricamente temida: a Cuca. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Comecei a procurar associações dos nossos meninos de rua com o
Saci, sem sucesso de encontrar qualquer estudo fazendo relações, após descobrir em meus estudos que os botos cor-de-rosa existem entre os
povos Amazônicos, disfarçando a violência que meninas adolescentes, jovens moças, mulheres sofrem dos homens familiares ao seu convívio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
Saci está presente em nossa realidade como os meninos peraltas, esquecidos pela
sociedade, transfigurado em diabinhos, e por isso, uma desculpa para odiá-los e
torná-los marginalizados aos nossos convívios. Serem negros, vir de onde
ninguém sabe e desaparecer sem deixar rastros, usarem um cachimbo e ter mãos
desfiguradas não são meras semelhanças, se não, formas culturais que nosso povo
foi criando para desaparecer com a realidade de crianças desfavorecidas, ou
ainda, quem sabe, de fazê-las lembradas, ainda que por suas peraltices, mas,
presentes na sociedade brasileira.</span><br />
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> E</span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">sse texto não tem uma pesquisa científico-acadêmica por trás, se não,
fruto das reflexões de uma professora classista, tomada a partir das demandas
de sua turma. Meninos-sacis de rua estão por toda parte. Basta
olharmos seus roda-moinhos de ventos, e o abandono na história concreta de
nossa sociedade, cuidado por figuras malévolas, que se favorecem de suas peraltices.
As Cucas de nosso Brasil são reais com direito a nomes, uso de armas e colarinhos, e detém poder de formas diretas e indiretas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
lenda do Saci ainda se torna mais real em minha cabeça, ao associar com a
história de meninos de ruas, que andam e sobrevivem em bandos, retratadas no
romance de Jorge Amado, Capitães de Areia. Ninguém os pegava, não sabiam de
onde viam, para onde iam, mas uma cidade inteira os odiava, lhes confinavam a
cadeias, lhes esqueciam ao abandono da própria sorte, esquecendo-se do direito
a cuidados, estudo, saúde, lazeres...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<br /></div>
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9okhZGrHL9_Y8qGWN4a7InfW0IGqTB30PboMNGSvLqy4HTLrWZrYEUroG5WStaIITWdcTCnr5el2BFXaiWnsg5curkSWcvJ7vmM83BRPFiIdnT-V4RdQXcafIxZ9n-v8bEd7cmhL5KF26/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9okhZGrHL9_Y8qGWN4a7InfW0IGqTB30PboMNGSvLqy4HTLrWZrYEUroG5WStaIITWdcTCnr5el2BFXaiWnsg5curkSWcvJ7vmM83BRPFiIdnT-V4RdQXcafIxZ9n-v8bEd7cmhL5KF26/s320/images.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Autor desconhecido. Local: Distrito Federal. <br />
Imagem coletada em busca livre na Intenet.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Começo
a cada vez mais a achar que toda lenda tem um fundo em si, de verdade, nascida
para obscurecer ou amenizar uma tão dura realidade de um povo. O apelo aqui é
para que tornemos visíveis os nossos reais Sacis, que peraltam por aí, para
sobreviver e reagir ao esquecimento que nossa sociedade lhes força a conviver.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Não
sei se pelo abandono familiar e social a que tem direito uma criança, pelo
cachimbo em suas mãos, ou pela negritude da sua pele, sei apenas que sempre me
simpatizei com essa figura. Tenho limitações quanto ao que fazer. Mas de fato sei, eles existem, e não passam despercebidos
aos meus olhos. Jamais passarão. Eu acredito em Sacis. E o mais perigoso:
acredito em sua juventude!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: x-small;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: x-small;">*Caso queira saber mais sobre o
planejamento bimestral dos conteúdos trabalhados, envie um e-mail para
deise.rocha@hotmail.com. Terei o prazer de fazer uma troca de ideias. </span></span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-42221586616419964132015-05-04T20:56:00.002-03:002015-05-04T23:56:47.583-03:00Professores do Brasil, uni-vos<div style="text-align: justify;">
Sou professora. Professora-pedagoga. E muito diferente do que escrevo há anos, quero fazer um desabafo, em linhas que se distanciam da escrita acadêmica. Não quero escrever por citações e apresentar dados. Quero escrever por mim mesma. Quero ousar em dialogar com você, meu caro colega professor e minha colega professora. Quero fazer um desabafo-barra-relato-barra-reivindicação: para além de vestimos preto nessa segunda-feira, como um ato político nacional em solidariedade a nossos colegas professores em luta, é preciso discutir nossa conjuntura política e condição de trabalho, historicamente localizada, enquanto categoria, e os desafios que enfrentamos. E nos unir como nosso maior ato político e pedagógico - e isso requer grandes esforços, e sair da nossa comodidade. Pois nada vai bem... Vivemos em tempos difíceis. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwn2lMEVyyCQFYIfC3-7j_qzd_P7XYC408lC7Uv_PkisCpUjRarKnU5h83i1_X5cxRaCYlYgZ7wm6_ypEB4bc1UGkDKp0pKG_ge5JkXOqT4HAfWAUUuylCAIpoHycA1ayBD-nkQeDwFIxf/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwn2lMEVyyCQFYIfC3-7j_qzd_P7XYC408lC7Uv_PkisCpUjRarKnU5h83i1_X5cxRaCYlYgZ7wm6_ypEB4bc1UGkDKp0pKG_ge5JkXOqT4HAfWAUUuylCAIpoHycA1ayBD-nkQeDwFIxf/s1600/2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muito me entristece, mas muito mais me preocupa sobre a situação de trabalho no nosso país, sobretudo, do trabalho docente. E não só porque somos nós os profissionais responsáveis pela formação dos profissionais de outras instâncias de nossa sociedade. Para além disso. Me preocupa para além da luta cansativa, travada desde que se decide ser professor, desde o século XIX, nesse país. Me preocupa pelo direito roubado em ser trabalhador.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há meses, professores de vários estados e municípios do Brasil fazem reivindicações, essas mesmas, que os professores do Paraná fazem. Há meses, parte de nossa categoria de trabalho se encontra em greve, atos, reivindicações. Há anos, séculos, a bandeira é a mesma. Pensamos que estamos melhorando, que estamos avançando. Mas a verdade é que há muito o que fazer, pois ainda estamos perto da faixa de largada, de onde partimos nesses enfrentamentos seculares. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Demiti-se professores no Pará. Agride-se professores no Paraná. Silencia-se professores em Santa Catarina. Nada se comenta das condições de trabalho dos professores de Pernambuco. Reduz-se do salário dos professores da Paraíba. Denigre-se a imagem dos professores de São Paulo. Corta daqui, reduz dali. Parcela o pagamento no DF. Privatiza a gestão das escolas no Goiás. Só se contrata professor temporário no Mato Grosso do Sul. O Estado fecha os ouvidos para as reivindicações do plano de carreira - em total desvantagem em comparação com as demais carreiras de servidores públicos. E no fundo quando vamos ver, as privatizações estão se espalhando, professores do Goiás e do Rio de Janeiro apanharam da polícia meses, semanas antes que os professores do Paraná. Professores na Paraíba e em Pernambuco tem seus salários parcelados. No Pará, o contrato temporário e a redução do salário reina. São Paulo passa por grandes enfrentamentos para a valorização da carreira, e Mato Grosso do Sul continua esquecido assim como tantos outros. Assim como nosso professorado. No fim, essas lutas não são isoladas. Elas atacam e sucateiam a nossa educação, a nossa profissão, o nosso trabalho. Nossa estima é atacada. Somos nós, professores, os incompetentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Andamos em passos de formiga. Temos 10% do PIB brasileiro que deverá ser destinado à educação em 10 longos anos de muita luta do sujeito individualizado chamado professor. Temos um sindicato da categoria, algo proibido para o professorado até o final da década de 1980. Temos um salário piso de R$ 1.917,78, que em muitos estados, nem o teto chega a ser. Temos a conquista de <i>dedicação exclusiva</i> (em poucos estados) para trabalhar 40 horas semanais, com direito a carga de coordenação/preparo do ensino - por sinal, uma das menores no mundo, professor brasileiro tem sido o que mais trabalha - mas que é totalmente usado para exploração econômica do estado. Temos o direito a concurso público, desvalorizado na terceirização e na contratação temporária, facilitando o "jogar" a categoria contra si mesmo. Temos o direito de ir para a rua reivindicar e apanhar de um trabalhador em sua vestimenta opressora, à serviço de um Estado imperialista. E o imperialista não tem servido a um só lado. Apanhamos independente de qual tem sido o partido que governa o Estado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Temos um ocorrido que vira auge em meio a essa luta: mais de 100 professores atingidos e feridos, numa reivindicação grevista da categoria, na semana passada, em pleno ano de 2015, século XXI. A verdade é que a violência simbólica é muito mais destruidora. Ir dar aula para 35 crianças numa classe de alfabetização sem o menor amparo do Estado para lidar com as diversas "relatividades" da realidade encontrada em cada criança, é uma pura violência. Usar a criatividade para dar uma aula <i>bacana </i>e não ter recurso para executar e ser acusado de que a educação vai a falência por sua incompetência de professor, é uma bala de borracha fácil de encontrar em nosso peito. Jogar vários adolescentes "problemáticos" dentro de uma mesma escola, e dizer ao professor para cumprir sua obrigação profissional, e sequer garante a assistência a uma juventude que não despe sua história e seus problemas sociais ao entrar na escola.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Devíamos estar avançando. Sim, devíamos... Encontrar 15¹ estados deflagrando greve da categoria de professores, não é inédito e avassalador. É revoltante. Apanhar do estado em atos/protestos em que se tem mais policiais do que professores é instigante a pensar concretamente sobre a realidade, para entender o que está acontecendo. E eu me pergunto: o que está acontecendo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2015 anos d/C (em um calendário Cristão) de luta e vivemos uma sociedade mais truculenta, fundamentalista e sectarista, do que em meados do século XVII, XVIII, onde se lutava para ter alguma voz. Me dói, mas preocupa mais ainda pelo o tanto que somos silenciados no cotidiano do trabalho, mas também, no cotidiano da luta por condições dignas do nosso esforço de trabalho como docente.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A verdade é que vão os dedos e ficam os anéis, porque a economia, o capital, o poder é mais importante do que o sujeito, do que o estudante da escola pública, do que o professor e a professora, trabalhadores por um direito do sujeito em ser sujeito cidadão. Manter a ordem e o progresso a todo custo interpele fazer propagandas enganadoras de que a educação é prioridade, mas corta-se verbas destinadas aos recursos para dar aula e trabalhar no ensino público - e olha só, a educação é sempre a primeira instância social que tem corte de verbas, inclusive, dos salários de seus profissionais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vivemos em um Estado que usa de todas as artimanhas e ROUBA DIREITOS. E a quem podemos recorrer quando a instância chega no auge da agressão física, do corte de salários, cortes do direito de viver bem na sociedade do capital, em que os juros do cartão de crédito e da conta de luz não vão esperar o parcelamento em 12 vezes sem entrada e sem juros que o governo faz com nosso meio de viver, como se fossemos produtos à venda nas <i>casas bahia.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As vezes penso não entender nada, noutras, de que não tem o que se fazer. Junto com os dedos, vai a esperança. Faz parte de nossa resistência e luta cotidiana discutir classe trabalhadora do professorado em nosso país. Chego então a resposta de minhas indagações e ponto de partida para combater minhas descrenças. <b>Trabalhadores, uni-vos</b>, o diálogo de uma categoria nunca foi tão mais preciso. Conscientizar-se de que diante do estado de nada tem valido as hierarquias criadas historicamente dentro de nossa profissão, quando a bala de borracha e a bomba de gás lacrimogêneo nos atingem. Todos enfrentamos descasos, todos lidamos com as precárias condições de trabalhos, todos lidamos com um enfrentamento na qual lutamos sozinhos diariamente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A verdade é que as melhores condições de trabalho são conquistadas por nós. Se não o fizermos, ninguém o fará. Estamos aqui, porque situados em nossa história, são nossas gerações passadas que as conquistaram para que pudéssemos falar. <b>Resistir é preciso, lutar faz parte de nós. </b>Não nos deixemos ser silenciados. Se nos condicionarem ao tempo de greve, a classe precisa fazer por essa escolha. O tempo que se passa em greve, meus caros colegas, não é nada diante de 300 anos de tanta luta que se trava nesse país, por uma educação pública e valorização do trabalho da categoria de professores. Mas é uma somativa importante para nosso processo histórico. Avante em GREVE!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Professores do Brasil, uni-vos. Talvez esse seja nosso maior ato heroico, político e pedagógico. Educação é luta cotidiana. A disputa por consciência e educação é nosso campo de batalhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">¹Até a data de hoje, o CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação relatou greve nas redes estaduais: Alagoas (PMDB), Amazonas (PROS), Bahia (PT), Ceará (PT), Goiás (PSDB), Maranhão (PCdoB), <span style="color: blue;">Pará (PSDB)</span>, <span style="color: blue;">Paraíba (PSB)</span>, <span style="color: blue;">Paraná (PSDB)</span>,<span style="color: blue;"> Pernambuco (PSB)</span>, Rio Grande do Norte (PSD), Rondônia (PMDB), Piauí (PT), <span style="color: blue;">Santa Catarina (PSD)</span>, <span style="color: blue;">São Paulo (PSDB)</span>. Os estados destacados em azul já se encontravam em greve, antes da agressão da polícia de Richa (PR) aos professores em greve.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">² A imagem ilustrativa deste post foi coletado livremente na Internet. </span></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-34997440641255087682012-08-09T19:03:00.002-03:002015-05-04T20:57:00.812-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7N7Ac23zEnPh_p3s3OhygedF3SjKIIhr5pwHs74NkrZvXGck3AyGrir3yh_M5jkk5cLTeCtaRa95V7CxllxWpflfk-tuFVrtq28mZJIUNiZRvoB7suuJ_vT7iUH5wtwkts3ZTSJFlI430/s1600/decis%C3%B5es2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7N7Ac23zEnPh_p3s3OhygedF3SjKIIhr5pwHs74NkrZvXGck3AyGrir3yh_M5jkk5cLTeCtaRa95V7CxllxWpflfk-tuFVrtq28mZJIUNiZRvoB7suuJ_vT7iUH5wtwkts3ZTSJFlI430/s200/decis%C3%B5es2.jpg" width="136" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
Ás vezes você precisa cuidar do fim da história sozinha!Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-36721140896353371462012-04-14T13:04:00.002-03:002015-05-04T20:56:45.941-03:00Do meu tributo<br />
<div style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; margin: 0in;">
A fortaleza que remetia o exemplo do saudável, sede ao natural da vida. E o senhor se vai para uma nova jornada, deixando nesta aqui, os que precisam continuar trilhando entre doces e amargos gostos que a vida traz.</div>
<div style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; margin: 0in;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; margin: 0in;">
Que bom que ficam as
lembranças. E nessas horas, ficam apenas as boas. Como a dos olhos acolhedores
no dia que talvez tenha sido o mais difícil de minha vida.</div>
<div style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; margin: 0in;">
E que eram os mesmos
olhos amorosos no dia em que reunia toda a sua família, em volta de uma farta
mesa, no último dia dos pais.</div>
<div style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; margin: 0in;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; margin: 0in;">
Restando então, o amor: para consolar tanta dor.</div>
<div style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; margin: 0in;">
Que bom que fica o
amor.</div>
<div style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; margin: 0in;">
<br /></div>
<div style="font-family: Calibri; font-size: 11.0pt; margin: 0in;">
[Tributo ao meu avô, que foi pro outro lado, nesse dia de hoje].</div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-80737784292734647402011-12-20T16:55:00.002-02:002015-05-04T20:57:41.188-03:00Entardecer pra escurecer<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
O Sol se põe devagar. </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Vermelho, vivo. </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Como só ele sabe ser.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Misturando-se a tantas cores, tons.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
A sons e cantos.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Vibrando energias </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Para quem lhe admira.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Se emaranha </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Por entre as tortas árvores do cerrado.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Escondendo o calango </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
E acedendo o vagalume.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Esfriando a secura.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Em charme e em danças.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Compondo músicas, </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Recitando a poesia,</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Louvando a vida.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
E assim ele se vai devagar.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Parando de raiar.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Cessando a clareza do dia, </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Deixando de iluminar.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Deixando outra dança, </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Em outro ritmo </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Entrar.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
É outro espetáculo </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Que se inicia brilhando</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Hora em fases mais discretas.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Hora em fases mais espertas.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Permitindo o lobo-guará, </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Uivar </div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
Para o seu luar.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
E assim se vai mais um dia.</div>
<div lang="en-US" style="color: #e36c09; font-family: Calibri; font-size: 12.0pt; margin: 0in;">
E assim se faz mais uma noite.</div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-70724067181239734032011-06-29T17:27:00.000-03:002015-05-04T20:58:48.430-03:00<span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Coração voou</span></b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> feito balão</span></b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://rlv.zcache.com/red_balloon_blue_sky_beautiful_day_art_customize_invitation-p1617096839312183342dk73_400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="http://rlv.zcache.com/red_balloon_blue_sky_beautiful_day_art_customize_invitation-p1617096839312183342dk73_400.jpg" height="200" width="200" /></span></b></a></div>
<div style="text-align: right;">
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></b></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">carregado pelo vento </span></b></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">sem rumo ou direção.</span></b></span></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-5857349303812850122011-05-16T16:25:00.004-03:002015-05-04T20:59:17.569-03:00tem gente aqui,<br />
minha gente<br />
morrendo de amor!<br />
<br />
Ah!Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-42570067637658339872011-05-16T09:02:00.005-03:002015-05-04T21:00:26.520-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRlAm-O4pmjAiuTN-kG20tGBIuWZkCZ5iK4DQ-LeTGrH4H5jDKK2ca3pzi5DoNSyUlVxpBJEPO5OvNdj0wse3crh0gw-cvANBQg7GMvBIEWtz2qAiUFnwajWhNjvdlrGgaWbUnS4uVW2w/s1600/como+esquecer+a+dor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200px" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRlAm-O4pmjAiuTN-kG20tGBIuWZkCZ5iK4DQ-LeTGrH4H5jDKK2ca3pzi5DoNSyUlVxpBJEPO5OvNdj0wse3crh0gw-cvANBQg7GMvBIEWtz2qAiUFnwajWhNjvdlrGgaWbUnS4uVW2w/s200/como+esquecer+a+dor.jpg" width="158px" /></a><span style="color: black;"><em>Agarrei-me no abstrato. Inventei céus e terras só pra tentar esquecer alguém. Por enquanto, só o que posso adiantar é que ajuda a não pensar na verdade, de tão boa que é a mentira inventada pro meu próprio coração. E tem doído bem menos. Se der certo, te conto a nova fórmula de esquecer alguém mais rápido. </em></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: separate; color: black; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; webkit-border-horizontal-spacing: 0px; webkit-border-vertical-spacing: 0px; webkit-text-decorations-in-effect: none; webkit-text-size-adjust: auto; webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small; line-height: 14px;"><strong><u>"No dia em que<span class="Apple-converted-space"> </span><i>ocê</i><span class="Apple-converted-space"> </span>foi embora..." </u></strong></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><strong><u>(Lenine)</u></strong></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><strong><u><br /></u></strong></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><strong><u><br /></u></strong></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><strong>Ai você descobre, que só o tempo pra fazer dar certo.E às vezes, nem ele.</strong></span></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-89852477547329838212011-04-08T14:27:00.000-03:002015-05-04T21:00:53.603-03:00Surto! Susto!Loucura.<br />
Insanidade.<br />
Loucura, loucura...<br />
Insanidade, insanidade...<br />
<br />
Azul, amarelo, verde, bolinha faz com quatro. Transforma em laranja. Batuca, batuca mais forte. Põe ritmo. Responsabilidade, irrelevante. Come mal, não dorme... Água, água, água... Cansei! Desanimei! Não quero mais. Ou quero? Não sei. Mil conversas na minha cabeça. Pulo. Agito. Peço silêncio. E todo mundo continua falando dentro da minha cabeça. Frio. Frio. Frio. Esquentou. Caíram todas as folhas. O vento soprou forte. Derrubou. Acabou. Ahhhh!<br />
<br />
Surtei!Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-45721342009139396242011-04-07T12:26:00.001-03:002015-05-04T21:01:27.878-03:00O Meu com o Seu<title>O meu no seu</title><style>
<!-- @page { size: 21cm 29.7cm; margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } </style>
<br />
--> <div style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então deixa eu me envolver</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Em você, </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Sentir o <span class="Apple-style-span" style="color: red;">seu</span> prazer</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Incendiar o <span class="Apple-style-span" style="color: red;">meu</span> corpo </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">No <span class="Apple-style-span" style="color: red;">seu</span> corpo.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Deixa eu lhe esquentar</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">O <span class="Apple-style-span" style="color: red;">seu</span> tédio matar</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">E entrelaçar </span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">O <span class="Apple-style-span" style="color: red;">meu</span> gosto </span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">No <span class="Apple-style-span" style="color: red;">seu</span> gosto.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Roçar o <span class="Apple-style-span" style="color: red;">meu</span> seio </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">No <span class="Apple-style-span" style="color: red;">seu</span> peito</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Sentir sua saliva </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Me acariciar</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Suas mãos </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Me envolverem com jeito</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Deixa a sua pele macia </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Me tocar.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Fala ao <span class="Apple-style-span" style="color: red;">meu</span> ouvido</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Segredos </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Que só a gente vá entender</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Toma para si </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">O <span class="Apple-style-span" style="color: red;">meu</span> corpo esculpido</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Para serventia </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Do nosso prazer</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Toca a minha nuca </span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">E alisa <span class="Apple-style-span" style="color: red;">meu</span>s cabelos</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Que eu colo o nosso corpo, </span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Nossos pêlos</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">E a minha paixão </span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Na sua paixão, </span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Se encaixar.</span></div>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">E em movimentos singelos </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Nos doarmos</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">E de suor, prazer e paixão </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Transbordarmos</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">E o <span class="Apple-style-span" style="color: red;">meu</span> com o <span class="Apple-style-span" style="color: red;">seu</span>, </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">De amor delirar.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div align="right" style="margin-bottom: 0cm;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Dezembro de 2008)</span></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-51020352996039381802011-04-05T22:11:00.001-03:002015-05-04T21:01:55.715-03:00Junto ao Outono<div style="text-align: right;">
Tenho versos</div>
<div style="text-align: right;">
Para o outono</div>
<div style="text-align: right;">
Implorando para </div>
<div style="text-align: right;">
Que o novo ano</div>
<div style="text-align: right;">
Mova forças</div>
<div style="text-align: right;">
Junto aos deuses</div>
<div style="text-align: right;">
Para que me </div>
<div style="text-align: right;">
Desapaixone</div>
<div style="text-align: right;">
Desapegue</div>
<div style="text-align: right;">
E voe na dança</div>
<div style="text-align: right;">
Ensaiada sobre</div>
<div style="text-align: right;">
A leveza que essa</div>
<div style="text-align: right;">
Estação nos traz</div>
<div style="text-align: right;">
Junto as folhas</div>
<div style="text-align: right;">
Que nela caem</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
(26 de março)</div>
<br />
<br />
<br />Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-80363949427560840482010-08-02T15:06:00.000-03:002015-05-04T21:02:31.765-03:00E ontem seria o seu 47º aniversário.<br />
<br />
Lembrei o dia inteiro, lembrei com saudade!<br />
E nem contei pra ninguém.<br />
<br />
Lembrei que em seu último aniversário teve festa com direito a carro de som e tudo o mais. E eu nem estava, porque haveriam outros. E eles existem, só que sem a sua presença. E me arrependi amargamente.<br />
<br />
<br />
<b> <i>Feliz Aniversário! </i></b><br />
<b><i>Com beijos de muita saudade.</i></b>Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-52359892896497045412010-05-20T21:03:00.000-03:002015-05-04T21:24:30.285-03:00Um dia bonito<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fazia um <span style="color: #ff9900; font-weight: bold;">dia bonito</span> lá fora.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas dentro ainda havia a <span style="color: #000099; font-weight: bold;">tempestade</span>. Toda a sua felicidade havia ido embora, carregada pelo vento e pela água da chuva, <span style="color: #000099; font-weight: bold;">de dias passados</span><span style="color: black;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele acariciou a cabeça de seu cachorro e partiu, deixando a casa sobre os cuidados de seu amigo e único companheiro, agora, naquele lar. Resolveu deixar o carro também. <span style="color: #ff9900; font-weight: bold;">O dia estava bonito</span>. Merecia ser aproveitado de outra forma. Não sabia por quê, mas merecia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E foi andando.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Passou por tantas pessoas na rua e na estação de metrô. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Havia muita<span style="color: #009900;"> <span style="font-weight: bold;">di</span></span><span style="color: #cc33cc; font-weight: bold;">ver</span><span style="color: #ff6600; font-weight: bold;">si</span><span style="color: #3366ff; font-weight: bold;">da</span><span style="color: red; font-weight: bold;">de</span> de pessoas ali, em sua cidade, mas nunca havia percebido. Ficou pensando tanto nessa <span style="color: #009900;"> <span style="font-weight: bold;">di</span></span><span style="color: #cc33cc; font-weight: bold;">ver</span><span style="color: #ff6600; font-weight: bold;">si</span><span style="color: #3366ff; font-weight: bold;">da</span><span style="color: red; font-weight: bold;">de</span> que se esqueceu da <span style="color: #000099; font-weight: bold;">tristeza</span> que havia dentro de si.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi quando, saindo da estação do metrô, que ele avistou pessoas vestidas igualmente. E em cada camiseta que vestiam, havia a mesma pergunta estampada. Ele ficou parado lá, olhando aquelas pessoas fazendo, de uma maneira muito interessante, o <span style="color: #ff6600; font-weight: bold;">bem</span> a tantas outras.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então, surpreendentemente, ao invés de seguir seu rumo, ele foi em direção ao grupo, em especial, a um deles, o que estava mais distante. E sem apresentações formais, ele apenas disse que <span style="color: red; font-weight: bold;">queria</span>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E foi abraçado. E envolvido naquele abraço, chorou. E ao começar a chorar foi envolvido pelo grupo inteiro. E ele chorou mais ainda. E em cada lágrima, sentia <span style="color: #009900;">seu corpo se limpar da</span><span style="color: #33ccff; font-weight: bold;"> tristeza</span>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi o <span style="color: #33cc00; font-weight: bold;">melhor dia</span> da vida dele, desde então.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E era isso o que muitos comentavam em seu trabalho. Embora não soubessem o por quê. Apenas viram <span style="color: #33cc00;">explícito em seu sorriso</span>.</div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-28674066709207229372010-05-14T21:06:00.000-03:002015-05-04T21:22:51.198-03:00Primavera se foi...<title>Primavera se foi</title><style> <!-- @page { size: 21cm 29.7cm; margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } </style> <br />
--> <br />
<div style="font-style: italic; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
“E com ela o meu amor”.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Você anda diferente.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- O quê?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Você anda diferente.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Eu?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- É, você.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- É. Pode ser.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
-...</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- O que é? Vai ficar me olhando?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Tá, acho que preciso soltar logo, tudo de uma vez.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Como assim?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- É que tem tanta coisa acontecendo e eu e você parecemos mais dois estranhos do que duas pessoas íntimas.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- O que você quer dizer?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- A gente ta juntos há cinco anos e...</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- 6 anos!</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- É... seis anos e... Não tem mais o mesmo gosto. A gente se vê pouco e quando se vê é isso, esse silêncio.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Se sente como se estivesse com outra pessoa?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- É... exatamente isso.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Talvez porque a gente tenha crescido juntos nesses últimos anos e quando resolvemos nos focar em nossos projetos, passamos a nos ver pouco e não percebemos o quanto amadurecemos... Não, é?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Não sei. É meio estranho está com você agora e a gente nem conversa direito e sinceramente, eu não tenho sentido prazer de estar com você e...</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- E?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Eu não sinto mais saudade sua e eu sei que amo você, mas não sinto.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Como assim?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- É complicado explicar.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- E o que você sugere, então?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Um tempo...</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Um tempo?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Ah! Não chora. É só um tempo pra gente...</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Um tempo?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- A gente precisa, antes que isso que a gente sente um pelo outro, morra de vez.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Em mim continua vivo!</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Vivo e fraco. E eu não disse que está morto, mas que está morrendo. Eu não quero te perder.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- E você acha que eu quero perder você?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Não! Por isso é melhor esse tempinho, pra gente voltar e sentir saudades e voltar a sentir amor.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
-Ta. Tudo bem. Não adianta eu dizer que não, né?! Só me faz um favor?</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Por você? Faço.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Guarda meu coração com carinho. Eu te amo, tá.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
- Também. E muito.</div>
<div style="font-family: arial; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-style: italic;">(Outubro de 2008)</span>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
</div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-42008199646833996282009-10-10T21:09:00.000-03:002015-05-04T21:19:48.660-03:005 e um pequeno Tributo<div align="center">
Desde pequena me pergunto:<br />
Por que o <span style="color: #ff6600; font-size: 180%;">5</span>?<br />
Sempre gostei – ou melhor (<strong>!</strong>)<br />
Tive <em>obsessão por esse simpático número</em><br />
Fosse ele acompanhado ou puríssimo de outros companheiros<br />
Sempre o achei mágico, divertido.<br />
Às vezes me perguntava se era pelo <span style="font-size: 180%;">25</span>.<br />
Por que <span style="font-size: 180%;">25</span>?<br />
<span style="font-size: 180%;">25</span> foi o<em> dia em que nasci</em>.<br />
Mas não é o <span style="font-size: 130%;">25</span> em si.<br />
É o <span style="color: #ff6600; font-size: 180%;">5</span>.<br />
Os anos se passaram e eu <span style="color: #009900;">cresci com esse misterioso gosto</span> pelo <span style="color: #ff6600; font-size: 180%;">5</span>.<br />
E continuo...<br />
<em>Gosto</em> mais de <span style="color: #cc33cc;">quintetos</span> do que de trios e quartetos.<br />
<span style="color: #ff6600; font-size: 180%;">5</span> é <em>início</em> de uma animada<span style="color: #cc33cc;"> galera</span>.<br />
É mais fantástico <span style="color: #cc33cc;">falar</span> <span style="color: #ff6600; font-size: 180%;">5</span> <span style="color: #cc33cc;">línguas</span>.<br />
E olha só: <span style="color: #ff6600; font-size: 180%;">5</span> <span style="color: #3333ff;">é dia de pagamento</span>.<br />
Mas <span style="color: #ff6600; font-size: 180%;">5</span> também era o número do<span style="color: red;"> <strong><span style="font-size: 130%;">meu porto seguro</span></strong></span>.<br />
Era. Éramos <span style="color: #ff6600; font-size: 180%;">5</span>!<br />
Diminuímos.<br />
Passamos a ser <span style="font-size: 130%;">4</span>, e depois menos <span style="font-size: 130%;">1</span>...<br />
<span style="font-size: 180%;">3</span>!<br />
<span style="font-size: 180%;">3</span>... <span style="color: #009900;">Nunca me simpatizei com este</span>.<br />
É número <span style="color: #cc6600;">burguês</span>,<br />
É pequeno,<span style="color: #cc6600;"> não é</span> número de <span style="color: #cc6600;">família</span>.<br />
É número de <span style="color: #cc6600;">coleguismo</span>.<br />
<span style="font-size: 180%;">3</span> me <strong><span style="color: #339999;">causa dor</span></strong>, <span style="color: #339999;"><strong>causa angústia</strong></span>.<br />
Gera uma <strong>raiva cega</strong><br />
Que não se destina a ninguém.<br />
Nem mesmo a <span style="font-size: 180%;">3</span>.<br />
<span style="font-size: 180%;">3</span><em> não demonstra afeto</em><br />
Mas passa agora a ter que ter.<br />
Tem que ter força também.<br />
Muita!<br />
Porque <span style="font-size: 180%;">3</span> é número de luta.<br />
E é sob essa condição que tenho que achar novos rumos<br />
<em>Novo chão</em>.<br />
Fixar nele a <span style="color: red;">idéia nova</span> de <strong><span style="color: red;">porto seguro</span></strong>.<br />
Mas e o <span style="color: #ff6600; font-size: 180%;">5</span>?<br />
<span style="color: #ff6600; font-size: 180%;">5</span> será <span style="color: #ff6600;"><strong>sempre a minha família</strong></span>.<br />
O meu<span style="color: #ff6600;"> eterno amor</span>.<br />
Número de <span style="color: #ff6600;">pura alegria</span>.</div>
<div align="center">
</div>
<div align="center">
</div>
<div align="right">
<br />
<strong>[Tributo a minha mãe e ao meu irmão caçula. Mas também ao meu pai e ao meu irmão mais velho. Porque são eles que compõe o meu 5]<br />[<span style="color: red;">Escrito em 5 de outubro de 2009</span>, em dias de doloroso luto]</strong></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-28056038161417696142009-05-29T21:08:00.000-03:002015-05-04T21:21:26.663-03:00E independente...E independente da situação,<br />
Independente do frio, da fome<br />
E até da solidão.<br />
Independe do riso, da alegria contida<br />
Ou exuberada.<br />
Independente da chuva que cai<br />
Ou da noite estrelada.<br />
<br />
Independente de você, de mim<br />
Ou dele.<br />
Independente de quem sofre<br />
Ou de quem nada em felicidades.<br />
Independente de quem morre<br />
Ou de quem nasce.<br />
<br />
Independente da cor, da tempestade<br />
Ou do trabalhoso suor.<br />
Independente do que você sente<br />
Se é prazer ou dó.<br />
E independente de quem seja<br />
E em que planeta , pela vida peleja:<br />
<br />
O SOL continua brilhando<br />
Pra todos!<br />
E o TEMPO continua passando.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-weight: bold;">[escrito em 18/10/2009]</span><br />
<br /></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-46365266330544180352009-05-21T21:11:00.000-03:002015-05-04T21:18:00.449-03:00Confuso Devaneio<title>Pessoas rindo a minha volta</title><style> <!-- @page { size: 21cm 29.7cm; margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } </style> <br />
--> <br />
<div align="right" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">Pessoas rindo a minha volta.</span></div>
<div style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">As risadas ecoam dentro da minha cabeça em um coro desafinado e estridente.</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">
</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">E por onde olho há sorrisos! Tantos falsos... Quais são, então, os verdadeiros?</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">
</span></div>
<div align="right" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">Minha cabeça dói. Fecho os olhos tentando imaginar que nada disso existe. Mas abro minha mente para o mundo e me pergunto: será?</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">
</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">Felicidade essa que me toca, me ronda, estadia ao meu lado... Por que não a sinto?</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">Vazio que percorre minha mente, meu coração, minha espinha. Gélido arrepio que percorre meu corpo ao pensar nisso.</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">
</span></div>
<div style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">Maldita felicidade.</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">
</span></div>
<div align="right" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">As pessoas se divertem em gestos e conversas sólidas. Falam do burguês, mas não assumem o quão medíocres são.</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">
</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">A paz? Não sei se existe. Assim como a felicidade. Assim como eu.</span></div>
<div align="center" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">
</span></div>
<div align="right" style="font-family: arial; font-family: arial; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 100%;">(Outubro de 2008)</span></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-28593874211899441402009-05-15T21:08:00.000-03:002015-05-04T21:20:39.392-03:00Por horas... por anos...<div style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.95cm;">
Ele abriu os olhos, ainda pesados do sono e a encarou: “Bonita!”. Mas tão comum como as tantas outras belezas que via nas ruas. Já não era diferente ou especial. Apenas comum.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.95cm;">
“Talvez tenha acabado...”, pensou ele.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.95cm;">
Voltou a fechar os olhos e virou-se para o outro lado, recebendo os braços dela, lhe envolvendo delicadamente.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.95cm;">
E assim permaneceram. Pelas próximas horas. Assim permaneceram pelos próximos anos.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.95cm;">
<br /></div>
<div align="right" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.95cm;">
<strong>[dezembro de 2008]</strong></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-66183359853304900812009-05-12T21:11:00.000-03:002015-05-04T21:17:15.082-03:00O que me basta!<title>- Você é maluca</title><style> <!-- @page { size: 21cm 29.7cm; margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } </style> <br />
- Você é maluca?<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Foi assim que ele se dirigiu à ela, sussurrando para que ninguém mais escutasse. Ela o ignorou, sorriu por dentro e continuou dedilhando os CDs da sessão de Bossa Nova.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Bossa Nova, é? Desde quando?</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Desde sempre.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Ou será desde que ela surgiu na sua vida?</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Luísa pegou um CD de Nara Leão e olhou as músicas na contracapa.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Exatamente o que quero! – e sem qualquer semblante com o amigo, foi até o caixa para pagar o Cd escolhido, com Pedro atrás, lhe seguindo.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Mais alguma coisa? – perguntou a atendente do caixa.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Não, só isso mesmo.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- R$ 15, 90, senhora.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Deixa que eu pago. - Luísa olhou para ele e lhe agradeceu com um sorriso. </div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Pedro mostrava um ar diferente. “Está diferente...”, pensou Luísa.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Nada tem sido como antes. – Luísa o parou no meio do estacionamento, apenas para lhe mostrar aquela verdade. Ainda que ele já soubesse.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Eu sei, mas é tudo tão estranho...</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Pedro, há quanto tempo nos conhecemos? – Perguntou-lhe com seriedade no olhar.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Sei lá. Talvez toda a nossa vida?</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Ela sorriu, mas ainda segurando a seriedade no olhar.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- E em todos esses anos de toda a nossa vida você sempre disse que me apoiaria nas decisões que eu tomasse.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Mas desmanchar um noivado por ela? Por uma aventura?</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Luísa encarou o chão e comprimiu os lábios. Ninguém se quer fazia força para entendê-la.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Bem-vindo a vida real. Desculpa Pedro, mas ninguém me faz me sentir como ela. Nem você. – Pedro engoliu a seco o que acabara de ouvir.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Eu só não quero que você sofra. Tenho medo de que você esteja fazendo isso agora e lá na frente quebre a cara e se arrependa.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Ela acariciou levemente o rosto de Pedro e lhe sorriu com o mesmo brilho de sempre.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Ninguém vai estar no meio da nossa amizade. Nem ela. É disso que eu sei que você mais tem medo: de que eu mude com você por causa dela. Mas não precisa ter medo...</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Pedro riu ironicamente e voltou a andar em direção ao carro.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- E a Bossa Nova é por causa dela. Porque eu sempre gostei, mas quem estava comigo não. Ela só me deixa ser quem eu sou. E isso é o suficiente pra ter tomado essa decisão.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Pedro parou de andar e se virou para ela. Continuava parada no mesmo lugar, com o mesmo brilho. Não conseguia aceitar, mas Luísa era alguém que amava muito.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Ela caminhou em sua direção, ainda sorrindo. Pedro sabia que havia uma única resposta, na ponta da língua de Luísa, para cada pergunta que fizesse a ela.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Ela me faz feliz e isso basta!</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- E sempre bastará? Não importa o quanto dure?</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
- Exatamente. Vamos?!</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
Pedro sorriu. Ainda que negasse aquele relacionamento, se sentia feliz porque era isso que Luísa lhe passava. E era isso que ela queria viver naquele momento: felicidade.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="right" style="font-style: italic; margin-bottom: 0cm;">
(Dezembro de 2008)</div>
<div align="right" style="font-style: italic; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5086287899764836301.post-22393122083162954972009-05-07T21:08:00.000-03:002015-05-04T21:22:05.808-03:00Ana e o Século XXI<o:p></o:p><span style="font-family: ";"><o:p></o:p></span><span style="font-weight: bold;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Oi Aninha... – disse o primeiro dando uma piscadinha e o sorriso charmoso que sempre dirigia a ela.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Tudo bem Ana? – informou a presença do segundo, já entrando, mostrando seriedade nos passos firmes e no tom de voz que usava.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Oi meninos! – respondeu uma Ana surpresa ao vê-los ali, e dando espaço para que o primeiro que se chamava Pedro, passar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Eu sei que não esperava a nossa presença aqui tão cedo, ainda mais pelos trajes em que se compõe. Mas não há nada aí que nenhum de nós não tenha visto, não é mesmo? – ensaiando uma risada para tentar descontrair o ambiente, disse Pedro, sem muitos sucessos, principalmente com o olhar de repreensão de Ana. – Bom... Eu e o João passamos aqui porque queremos ter uma conversa séria com você, Aninha.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27pt;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">E em uma cena engraçada, Pedro sentou-se ao lado de João. Ana, sem entender bem o que os dois faziam ali, em sua casa, sentou-se de frente para eles, na mesinha de centro, sem acreditar no que acontecia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Ana – o tom ainda muito sério de João avisava que o assunto era importante – eu serei prévio e sem delongas. Nós, eu e o Pedro, estivemos conversando e chegamos à conclusão de que você deve escolher logo de uma vez com quem você vai ficar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27pt;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">Surpresa com o que ouvia, mas ainda mais engraçado do que poderia achar, Ana soltou uma risada debochada, sem acreditar que os dois se reuniram para falar sobre ela e agora a obrigava a fazer uma escolha.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Meninos, queridos, acordem! Século XXI. Ninguém é de ninguém até que se prove o contrário. Não tenho que fazer essa escolha... De onde tiraram essa ideia maluca?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Ana! A gente ta falando sério. Tanto eu quanto o Pedro queremos compromisso com a mulher que amamos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- E alguém perguntou se eu quero compromisso? Meus amores desculpem se machuco vossos preciosos corações, mas se é isso que acham, não posso fazer nada. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Aninha? Você não acha que já aproveitou por demais a vida? – tentou argumentar um Pedro apaixonado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Não há idade e nem apenas uma forma de aproveitar a vida.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Aninhaaaa... Você não vê o quanto estamos presos a você?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 100%;"><span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">- Se é por isto? – Ana se levantou em resposta a Pedro, e a João também, foi até a porta, a abriu e disse – estão livres, rapazes! E se não se importarem, sem as devidas delongas prometidas, porque tenho visita em casa.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27pt;">
<span style="font-family: "Tempus Sans ITC";"><span style="font-size: 100%;">E com um sorriso malicioso, mas livre, Ana, ou Aninha, fechou a porta atrás de si, encerrando aquele assunto de século XXI.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27pt;">
<span style="font-family: "Tempus Sans ITC";"><o:p> </o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 27pt;">
<span style="font-family: "Tempus Sans ITC";">[agosto de 2008]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 130%;"><o:p> </o:p></span></div>
Deise Rochahttp://www.blogger.com/profile/04488084110550262545noreply@blogger.com3