terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Senhor Céu, Bela Primavera

- Nossa, o céu está tão bonito, né? Azulzinho. Não me lembro dele em tão bonita majestade... é, não me recordo mesmo.

- Sim. Ele está bonito. Maravilhosamente bonito. Como tu estás - ela sorriu, corando a face, e o deixou que abraçasse sua cintura, enquanto caminhavam pelo campo verde da fazenda.

- Obrigada, Meu Caro Senhor.

- Não há de que, Bela Dama. Aliás, a mais bela que tenho visto nestes últimos tempos. Não me recordo de beleza tão pura, tão delicada - disse encarando o céu.

- Olha que eu acredito, Caro Senhor...

- Mas são palavras verdadeiras, Bela Dama. E olha que tenho visto muitas damas bonitas. Porém, cheguei a conclusão de que nenhuma dama supera tua beleza.

- Isso significa que tens olhado e pesquisado sobre outras mulheres?

- Sim Bela Dama. Não irei negar. Mas apenas para me certificar de que minha tese é absolutamente verdadeira.

- Tese, caro Senhor?

- Sim, tese Bela Dama. Uma tese de que não há, em lugar algum, moça tão bonita. Nem na Índia, França ou México...

- Vejo que tens viajado muito.

- Sim, tenho. Também fui do Pantanal e aos Pampas. Nada, nada é mais belo do que a senhorita, Minha Bela.

- Óh! O que é isto, Caro Senhor? Tantos elogios assim, chegam a me constranger.

- E te arrancas o mais singelo sorriso.

- Então, Caro Senhor, depois de tantas pesquisas, temo que devo dar-te um prêmio. Pois mereces, Meu Caro.

- E que recompensa seria melhor do que o teu doce sorriso?

Sorrindo, ela o respondeu calmamente.

- Um doce beijo, Caro Senhor.

E ambos pararam de andar. Ela ficou de frente para ele e lhe envolveu o pescoço com seus braços. Em movimentos delicados, uniram seus lábios e se beijaram. Beijaram como se não houvesse mais céu acima deles. Como se não houvesse chão. Mas era como se levitassem, carregados por borboletas e pelo vento fresco que batia em seus rostos.

- Bela Dama? - chamou ele, ainda de olhos fechados, ainda com a boca próxima a dela - Jamais me esquecerei deste doce mês de Setembro... Deste doce fim de inverno... E deste maravilhoso inicio de primavera.

- Nem eu, Caro Senhor. Nem eu.

E sorrindo um sorriso imenso por dentro e por fora, se beijaram outra vez.

[Julho de 2008]

7 comentários:

Gisela Melloso disse...

Nossaaaaaaaaaaaaa
Ameiiiiiiiiiiii, que lindo, parece que eu os via acredita??
Vc escreve muito bem, empolga ao ler!!

parabéns
Abração

Unknown disse...

Buááááá...
Snif, snif

Quero um, "Caro Senhor", como esse.
Que delícia de texto, amada!

Um cenário simples, tendo como fundo, as belezas da natureza... com palavras tão gentís.
Olha.. pode me chamar de saudosista.
Mas, tem coisa mais linda, do que esses fragmentos de romance?
Chego a suspirar, sabe por quê?
Porque eu acredito em um amor assim.

Beijokinhas perfumadas e, muita energia azul!

*

♫ Quel ♫ disse...

Mulher de atitude essa "Bela dama"
rsrsrsrs

^^

Bjinhos!

Unknown disse...

shuashaushaushush,muito legal esse texto!

http://ownedando.blogspot.com/

Unknown disse...

filha: tenho idade para ser seu pai e admiro a pureza do teu trabalho. voce vai fazer muita falta...pelo carater. um abraço

Ana Célia disse...

obrigada pelo comentário no Resdescobrindo São Paulo!
Volte sempre, mas já aviso que os proximos posts serão sobre decorações natalinas, hehehe

Anônimo disse...

Hum...
Romântico!!! Vc deve ser romântica também. O diálogo foi interessante e eu fiquei pensando que época seria essa..., "Bela dama e caro senhor", deve ser uma época antiga... Uma gracinha!!! (rs)

Abraço.