sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

#MeuAmigoSecreto

#meuamigosecreto é desses que tem curso superior, mestrado, é professor e militante das causas populares, que por várias vezes pediu a companheira para fazer um debate sobre gênero na comunidade que atuava, mas sequer a escutava quando ela pedia para parar de passar cantadas e olhar as mulheres na rua, como carne fresca no mercado, e fazia essa atrocidade mesmo na frente da mina.

#meuamigosecreto nunca aceitou que a mina fosse liderança e tivesse uma voz mais escutada e articuladora dos movimentos a que ambos faziam parte, por vezes, até provocando brigas e a fazendo passar de louca, e dizendo que ela era bipolar.

#meuamigosecreto usava da intimidade para marcar território na frente dos amigos, passando a mão em público, coisa que a mina não curtia. #meuamigosecreto nunca respeitou o corpo e o "não" da mina, o que a fez, por várias vezes se sentir infeliz consigo, sem entender o que acontecia. A verdade é que o desrespeito ao seu "não" a oprimia de tal forma, que ela se sentia suja.

#meuamigosecreto não foi o único motivo, mas suas ações opressoras desencadeou uma depressão na mina, o que a forçou a fazer acompanhamento psiquiátrico e tomar medicação, escondida de sua família e amigos, pois isso mostrava o quanto ela era fraca, e ela não podia ser fraca, porque era uma mina feminista.

#meuamigosecreto foi tão "bom amigo", que no período mais intenso dessa doença, ele brincou com os sentimentos dessa mina, o que a fez querer trancar seu curso superior e quase desistir de todos os seus objetivos, achando que o ambiente em que conviviam a fazia se sentir mal, quando na verdade, o tempo inteiro, era ele quem a fazia mal.

#meuamigosecreto nunca aceitava as coisas que a companheira fazia, raramente elogiava, sempre criticava, colocava defeitos, acabava com sua estima, mesmo ela tentado fazer o melhor de si para agradá-lo, o que inclui as funções de Amélia como cozinhar, limpar, lavar em uma casa que nem era sua. Por várias vezes jogou amigos contra ela, pois se fingia de desentendido das atitudes que tomava, e se colocava numa situação de vitimismo. Essas atitudes só cooperaram para jogar a estima dela no chão, e ser parte de um jogo de manter sua superioridade a ela, afinal, ele estava sendo o melhor amigo e companheiro, apontando o que ela fazia de errado, e que para ela, melhor pessoa não havia.

#meuamigosecreto, por várias vezes, em viagens, a fez passar risco de segurança a sua sexualidade e feminidade, a deixando andar por locais perigosos, pois ele tinha mais o que fazer a se preocupar com sua vida.

#meuamigosecreto se passou de bom moço para a família dela, para os amigos dela, e ela, no seu jogo, sempre teve vergonha de dizer que ele a maltratava. Na verdade, ela se sentia tão mal, que trazia a culpa de todo o maltrato para si. Essa mina, na verdade, foi vítima, por anos, de uma violência simbólica sem saber, pois ele, cuidadoso, jamais usou de gritos e nunca lhe levantou a mão, mas usava de beijinhos, abraços e carinhos, o que a confundia.

#meuamigosecreto a julgou quando ela cedeu a doença, e tomou atitudes drásticas, e levou sua doença como frescura, brincadeira, charminho.

#meuamigosecreto conseguiu fazer a ex-namorada e a atual namorada serem inimigas dessa mina. Mas #meuamigosecreto nunca conseguiu torná-la inimiga das tantas outras mulheres com quem ele usava para provocar ciúmes. #meuamigosecreto inclusive seduziu uma delas e a levou a fazer coisas que ela não queria. A sororidade feminina levou ambas a chorarem juntas.

#meuamigosecreto plagiou um trabalho dessa mina, tomou para si, e lhe negou direitos autorais. Mas a enganou, e a seduziu, e usou de sua condição de macho-alfa para lhe pedir para escrever sua monografia. Essa mina ajudou na construção do texto, na análise de dados, na busca de fontes e leituras, mas se negou em sentar e passar horas escrevendo, e não recebeu um obrigado de volta, mas desprezo por ela não ter feito exatamente como ele queria.

#meuamigosecreto a oprimiu de tantas formas e tantas vezes que a fez esquecer o quão boa pessoa era, e não o lixo que ele ignorava.

A verdade é que para #meuamigosecreto nós mulheres nunca passamos de mercadoria, objetos de prazer sexual e dominação para ele se sentir o rei entre leoas.

#meuamigosecreto merece ser desmascarado da pele de cordeiro para os que ainda não perceberam, pois quando essa mina rompeu qualquer laço com ele, os amigos mais próximos bradaram felizes, comemorando sua emancipação.

E mesmo após alguns poucos anos desse rompimento, outros tantos não entendem o porque nem um “oi” essa mina lhe direciona. Há tantos motivos, que as pessoas apenas precisam entender: essa mina não quer se relacionar com capitalistas da carne humana feminina.

Essa mina não derrama mais nenhuma lágrima por essa história. Mas sabe de todas as cicatrizes e sequelas dessa relação, tanto que não consegue respirar direito, quando ainda topa em algum ambiente com ele.

E há quem vá ignorar a violência simbólica que essa mina sofreu nas mãos do #meuamigosecreto. Mas talvez você leve a sério ao saber que essa mina preferiu a morte, e a tentou, a ter que sofrer o rompimento da relação, pois não queria mais sofrer um dia por esse cara.


Essa mina, hoje, viva e dona de si, depõe para tantas outras minas, as opressões que sofreu, para que em marcha, juntas, sejamos livres!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Sobre Sacis e Crianças de Rua

Em comemoração ao folclore brasileiro, todos os anos, em meados do mês de agosto se trabalha nas escolas lendas, parlendas, entre outras manifestações culturais. Em meu primeiro ano de docência, a escola em que trabalhava na época decidiu por ainda encerrar o bimestre com cada turma apresentando uma peça de teatral. Foi um dos momentos mais ricos de aprendizagem cultural para as crianças. E, particularmente, para a minha turma, também foi um período de fortes aprendizagens político-sociais: nossa turma escolheu apresentar a obra “Os 10 Sacizinhos”, de Tatiane Belinky.
Entre as nossas aprendizagens sobre diversas histórias da cultura popular, trabalhamos com Tarsila do Amaral e as suas representações da figura da Cuca e a expressão da lenda relacionada a outras obras da artista, que se remetem ao trabalho. Trabalhamos também com Sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato e todas as possíveis discussões e representações sociais e imaginativas presentes; inclusão social com questões referentes ao racismo, negritude, pessoas com deficiência e o uso de drogas. E para além disso, ainda deu para trabalhar sobre a realidade de crianças de rua.
O que quero chamar a atenção para esta postagem, não se remete em especial ao quanto aprendemos naquele bimestre (especialmente eu, como professora). Mas sim, a realidade de muitos Sacis presentes em nossa sociedade. Sempre tive um incomodo muito grande da figura travessa retratada ao menino peralta de uma perna só. Sempre me apareceram questões sobre o fato de ser uma criança órfã, cuidada e ajudante de uma figura folcloricamente temida: a Cuca.
Comecei a procurar associações dos nossos meninos de rua com o Saci, sem sucesso de encontrar qualquer estudo fazendo relações, após descobrir em meus estudos que os botos cor-de-rosa existem entre os povos Amazônicos, disfarçando a violência que meninas adolescentes, jovens moças, mulheres sofrem dos homens familiares ao seu convívio.
O Saci está presente em nossa realidade como os meninos peraltas, esquecidos pela sociedade, transfigurado em diabinhos, e por isso, uma desculpa para odiá-los e torná-los marginalizados aos nossos convívios. Serem negros, vir de onde ninguém sabe e desaparecer sem deixar rastros, usarem um cachimbo e ter mãos desfiguradas não são meras semelhanças, se não, formas culturais que nosso povo foi criando para desaparecer com a realidade de crianças desfavorecidas, ou ainda, quem sabe, de fazê-las lembradas, ainda que por suas peraltices, mas, presentes na sociedade brasileira.
            Esse texto não tem uma pesquisa científico-acadêmica por trás, se não, fruto das reflexões de uma professora classista, tomada a partir das demandas de sua turma. Meninos-sacis de rua estão por toda parte. Basta olharmos seus roda-moinhos de ventos, e o abandono na história concreta de nossa sociedade, cuidado por figuras malévolas, que se favorecem de suas peraltices. As Cucas de nosso Brasil são reais com direito a nomes, uso de armas e colarinhos, e detém poder de formas diretas e indiretas.
A lenda do Saci ainda se torna mais real em minha cabeça, ao associar com a história de meninos de ruas, que andam e sobrevivem em bandos, retratadas no romance de Jorge Amado, Capitães de Areia. Ninguém os pegava, não sabiam de onde viam, para onde iam, mas uma cidade inteira os odiava, lhes confinavam a cadeias, lhes esqueciam ao abandono da própria sorte, esquecendo-se do direito a cuidados, estudo, saúde, lazeres...


Foto: Autor desconhecido. Local: Distrito Federal.
Imagem coletada em busca livre na Intenet.


Começo a cada vez mais a achar que toda lenda tem um fundo em si, de verdade, nascida para obscurecer ou amenizar uma tão dura realidade de um povo. O apelo aqui é para que tornemos visíveis os nossos reais Sacis, que peraltam por aí, para sobreviver e reagir ao esquecimento que nossa sociedade lhes força a conviver.
Não sei se pelo abandono familiar e social a que tem direito uma criança, pelo cachimbo em suas mãos, ou pela negritude da sua pele, sei apenas que sempre me simpatizei com essa figura. Tenho limitações quanto ao que fazer. Mas de fato sei, eles existem, e não passam despercebidos aos meus olhos. Jamais passarão. Eu acredito em Sacis. E o mais perigoso: acredito em sua juventude!

*Caso queira saber mais sobre o planejamento bimestral dos conteúdos trabalhados, envie um e-mail para deise.rocha@hotmail.com. Terei o prazer de fazer uma troca de ideias. 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Professores do Brasil, uni-vos

     Sou professora. Professora-pedagoga. E muito diferente do que escrevo há anos, quero fazer um desabafo, em linhas que se distanciam da escrita acadêmica. Não quero escrever por citações e apresentar dados. Quero escrever por mim mesma. Quero ousar em dialogar com você, meu caro colega professor e minha colega professora. Quero fazer um desabafo-barra-relato-barra-reivindicação: para além de vestimos preto nessa segunda-feira, como um ato político nacional em solidariedade a nossos colegas professores em luta, é preciso discutir nossa conjuntura política e condição de trabalho, historicamente localizada, enquanto categoria, e os desafios que enfrentamos. E nos unir como nosso maior ato político e pedagógico - e isso requer grandes esforços, e sair da nossa comodidade. Pois nada vai bem... Vivemos em tempos difíceis. 


     Muito me entristece, mas muito mais me preocupa sobre a situação de trabalho no nosso país, sobretudo, do trabalho docente. E não só porque somos nós os profissionais responsáveis pela formação dos profissionais de outras instâncias de nossa sociedade. Para além disso. Me preocupa para além da luta cansativa, travada desde que se decide ser professor, desde o século XIX, nesse país. Me preocupa pelo direito roubado em ser trabalhador.

    Há meses, professores de vários estados e municípios do Brasil fazem reivindicações, essas mesmas, que os professores do Paraná fazem. Há meses, parte de nossa categoria de trabalho se encontra em greve, atos, reivindicações. Há anos, séculos, a bandeira é a mesma. Pensamos que estamos melhorando, que estamos avançando. Mas a verdade é que há muito o que fazer, pois ainda estamos perto da faixa de largada, de onde partimos nesses enfrentamentos seculares. 

    Demiti-se professores no Pará. Agride-se professores no Paraná. Silencia-se professores em Santa Catarina. Nada se comenta das condições de trabalho dos professores de Pernambuco. Reduz-se do salário dos professores da Paraíba. Denigre-se a imagem dos professores de São Paulo. Corta daqui, reduz dali. Parcela o pagamento no DF. Privatiza a gestão das escolas no Goiás. Só se contrata professor temporário no Mato Grosso do Sul. O Estado fecha os ouvidos para as reivindicações do plano de carreira - em total desvantagem em comparação com as demais carreiras de servidores públicos. E no fundo quando vamos ver, as privatizações estão se espalhando, professores do Goiás e do Rio de Janeiro apanharam da polícia meses, semanas antes que os professores do Paraná. Professores na Paraíba e em Pernambuco tem seus salários parcelados. No Pará, o contrato temporário e a redução do salário reina. São Paulo passa por grandes enfrentamentos para a valorização da carreira, e Mato Grosso do Sul continua esquecido assim como tantos outros. Assim como nosso professorado. No fim, essas lutas não são isoladas. Elas atacam e sucateiam a nossa educação, a nossa profissão, o nosso trabalho. Nossa estima é atacada. Somos nós, professores, os incompetentes.

     Andamos em passos de formiga. Temos 10% do PIB brasileiro que deverá ser destinado à educação em 10 longos anos de muita luta do sujeito individualizado chamado professor. Temos um sindicato da categoria, algo proibido para o professorado até o final da década de 1980. Temos um salário piso de R$ 1.917,78, que em muitos estados, nem o teto chega a ser. Temos a conquista de dedicação exclusiva (em poucos estados) para trabalhar 40 horas semanais, com direito a carga de coordenação/preparo do ensino - por sinal, uma das menores no mundo, professor brasileiro tem sido o que mais trabalha - mas que é  totalmente usado para exploração econômica do estado. Temos o direito a concurso público, desvalorizado na terceirização e na contratação temporária, facilitando o "jogar" a categoria contra si mesmo. Temos o direito de ir para a rua reivindicar e apanhar de um trabalhador em sua vestimenta opressora, à serviço de um Estado imperialista. E o imperialista não tem servido a um só lado. Apanhamos independente de qual tem sido o partido que governa o Estado.

     Temos um ocorrido que vira auge em meio a essa luta: mais de 100 professores atingidos e feridos, numa reivindicação grevista da categoria, na semana passada, em pleno ano de 2015, século XXI. A verdade é que a violência simbólica é muito mais destruidora. Ir dar aula para 35 crianças numa classe de alfabetização sem o menor amparo do Estado para lidar com as diversas "relatividades" da realidade encontrada em cada criança, é uma pura violência. Usar a criatividade para dar uma aula bacana e não ter recurso para executar e ser acusado de que a educação vai a falência por sua incompetência de professor, é uma bala de borracha fácil de encontrar em nosso peito. Jogar vários adolescentes "problemáticos" dentro de uma mesma escola, e dizer ao professor para cumprir sua obrigação profissional, e sequer garante a assistência a uma juventude que não despe sua história e seus problemas sociais ao entrar na escola.

     Devíamos estar avançando. Sim, devíamos... Encontrar 15¹ estados deflagrando greve da categoria de professores, não é inédito e avassalador. É revoltante. Apanhar do estado em atos/protestos em que se tem mais policiais do que professores é instigante a pensar concretamente sobre a realidade, para entender o que está acontecendo. E eu me pergunto: o que está acontecendo?

     2015 anos d/C (em um calendário Cristão) de luta e vivemos uma sociedade mais truculenta, fundamentalista e sectarista, do que em meados do século XVII, XVIII, onde se lutava para ter alguma voz. Me dói, mas preocupa mais ainda pelo o tanto que somos silenciados no cotidiano do trabalho, mas também, no cotidiano da luta por condições dignas do nosso esforço de trabalho como docente.

     A verdade é que vão os dedos e ficam os anéis, porque a economia, o capital, o poder é mais importante do que o sujeito, do que o estudante da escola pública, do que o professor e a professora, trabalhadores por um direito do sujeito em ser sujeito cidadão. Manter a ordem e o progresso a todo custo interpele fazer propagandas enganadoras de que a educação é prioridade, mas corta-se verbas destinadas aos recursos para dar aula e trabalhar no ensino público - e olha só, a educação é sempre a primeira instância social que tem corte de verbas, inclusive, dos salários de seus profissionais.

     Vivemos em um Estado que usa de todas as artimanhas e ROUBA DIREITOS. E a quem podemos recorrer quando a instância chega no auge da agressão física, do corte de salários, cortes do direito de viver bem na sociedade do capital, em que os juros do cartão de crédito e da conta de luz não vão esperar o parcelamento em 12 vezes sem entrada e sem juros que o governo faz com nosso meio de viver, como se fossemos produtos à venda nas casas bahia.

     As vezes penso não entender nada, noutras, de que não tem o que se fazer. Junto com os dedos, vai a esperança. Faz parte de nossa resistência e luta cotidiana discutir classe trabalhadora do professorado em nosso país. Chego então a resposta de minhas indagações e ponto de partida para combater minhas descrenças. Trabalhadores, uni-vos, o diálogo de uma categoria nunca foi tão mais preciso. Conscientizar-se de que diante do estado de nada tem valido as hierarquias criadas historicamente dentro de nossa profissão, quando a bala de borracha e a bomba de gás lacrimogêneo nos atingem. Todos enfrentamos descasos, todos lidamos com as precárias condições de trabalhos, todos lidamos com um enfrentamento na qual lutamos sozinhos diariamente. 

     A verdade é que as melhores condições de trabalho são conquistadas por nós. Se não o fizermos, ninguém o fará. Estamos aqui, porque situados em nossa história, são nossas gerações passadas que as conquistaram para que pudéssemos falar. Resistir é preciso, lutar faz parte de nós. Não nos deixemos ser silenciados. Se nos condicionarem ao tempo de greve, a classe precisa fazer por essa escolha. O tempo que se passa em greve, meus caros colegas, não é nada diante de 300 anos de tanta luta que se trava nesse país, por uma educação pública e valorização do trabalho da categoria de professores. Mas é uma somativa importante para nosso processo histórico. Avante em GREVE!

     Professores do Brasil, uni-vos. Talvez esse seja nosso maior ato heroico, político e pedagógico. Educação é luta cotidiana. A disputa por consciência e educação é nosso campo de batalhas.

¹Até a data de hoje, o CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação relatou greve nas redes estaduais: Alagoas (PMDB), Amazonas (PROS), Bahia (PT), Ceará (PT), Goiás (PSDB), Maranhão (PCdoB), Pará (PSDB), Paraíba (PSB), Paraná (PSDB), Pernambuco (PSB), Rio Grande do Norte (PSD), Rondônia (PMDB), Piauí (PT), Santa Catarina (PSD), São Paulo (PSDB). Os estados destacados em azul já se encontravam em greve, antes da agressão da polícia de Richa (PR) aos professores em greve.
² A imagem ilustrativa deste post foi coletado livremente na Internet.