terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Entardecer pra escurecer

O Sol se põe devagar.
Vermelho, vivo.
Como só ele sabe ser.
Misturando-se a tantas cores, tons.
A sons e cantos.
Vibrando energias
Para quem lhe admira.
Se emaranha
Por entre as tortas árvores do cerrado.
Escondendo o calango
E acedendo o vagalume.
Esfriando a secura.
Em charme e em danças.
Compondo músicas,
Recitando a poesia,
Louvando a vida.
E assim ele se vai devagar.
Parando de raiar.
Cessando a clareza do dia,
Deixando de iluminar.
Deixando outra dança,
Em outro ritmo
Entrar.
É outro espetáculo
Que se inicia brilhando
Hora em fases mais discretas.
Hora em fases mais espertas.
Permitindo o lobo-guará,
Uivar
Para o seu luar.
E assim se vai mais um dia.
E assim se faz mais uma noite.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Coração voou
 feito balão



carregado pelo vento 
sem rumo ou direção.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

tem gente aqui,
minha gente
morrendo de amor!

Ah!
Agarrei-me no abstrato. Inventei céus e terras só pra tentar esquecer alguém. Por enquanto, só o que posso adiantar é que ajuda a não pensar na verdade, de tão boa que é a mentira inventada pro meu próprio coração. E tem doído bem menos. Se der certo, te conto a nova fórmula de esquecer alguém mais rápido.  
"No dia em que ocê foi embora..."
(Lenine)


Ai você descobre, que só o tempo pra fazer dar certo.E às vezes, nem ele.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Surto! Susto!

Loucura.
Insanidade.
Loucura, loucura...
Insanidade, insanidade...

Azul, amarelo, verde, bolinha faz com quatro. Transforma em laranja. Batuca, batuca mais forte. Põe ritmo. Responsabilidade, irrelevante. Come mal, não dorme... Água, água, água... Cansei! Desanimei! Não quero mais. Ou quero? Não sei. Mil conversas na minha cabeça. Pulo. Agito. Peço silêncio. E todo mundo continua falando dentro da minha cabeça. Frio. Frio. Frio. Esquentou. Caíram todas as folhas. O vento soprou forte. Derrubou. Acabou. Ahhhh!

Surtei!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O Meu com o Seu

O meu no seu
-->
Então deixa eu me envolver
Em você, 
Sentir o seu prazer
Incendiar o meu corpo 
No seu corpo.
Deixa eu lhe esquentar
O seu tédio matar
E entrelaçar 
O meu gosto 
No seu gosto.
Roçar o meu seio 
No seu peito
Sentir sua saliva 
Me acariciar
Suas mãos 
Me envolverem com jeito
Deixa a sua pele macia 
Me tocar.

Fala ao meu ouvido
Segredos 
Que só a gente vá entender
Toma para si 
O meu corpo esculpido
Para serventia 
Do nosso prazer
Toca a minha nuca 
E alisa meus cabelos
Que eu colo o nosso corpo, 
Nossos pêlos
E a minha paixão 
Na sua paixão, 
Se encaixar.
E em movimentos singelos 
Nos doarmos
E de suor, prazer e paixão 
Transbordarmos
E o meu com o seu
De amor delirar.

(Dezembro de 2008)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Junto ao Outono

Tenho versos
Para o outono
Implorando para 
Que o novo ano
Mova forças
Junto aos deuses
Para que me 
Desapaixone
Desapegue
E voe na dança
Ensaiada sobre
A leveza que essa
Estação nos traz
Junto as folhas
Que nela caem

(26 de março)