terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Entardecer pra escurecer

O Sol se põe devagar.
Vermelho, vivo.
Como só ele sabe ser.
Misturando-se a tantas cores, tons.
A sons e cantos.
Vibrando energias
Para quem lhe admira.
Se emaranha
Por entre as tortas árvores do cerrado.
Escondendo o calango
E acedendo o vagalume.
Esfriando a secura.
Em charme e em danças.
Compondo músicas,
Recitando a poesia,
Louvando a vida.
E assim ele se vai devagar.
Parando de raiar.
Cessando a clareza do dia,
Deixando de iluminar.
Deixando outra dança,
Em outro ritmo
Entrar.
É outro espetáculo
Que se inicia brilhando
Hora em fases mais discretas.
Hora em fases mais espertas.
Permitindo o lobo-guará,
Uivar
Para o seu luar.
E assim se vai mais um dia.
E assim se faz mais uma noite.

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