domingo, 21 de agosto de 2016

Coisas que eu queria que meu pai soubesse

Em 1998, a seleção brasileira de futebol masculino disputava a final da Copa do Mundo na França, e teve uma derrota feia, decepcionante. Me lembro com exatidão a expressão de decepção no rosto do meu pai. Grande torcedor do esporte brasileiro. Suas apostas, naquele dia, não foram as melhores. Mas meu pai nunca deixou de acreditar na juventude que representava o Brasil, nas disputas esportivas.
Hoje eu percebi como eu não acredito mais nas disputas esportivas do futebol masculino, e até venho torcendo contra. Pra mim está tudo sempre combinadinho. Mas pensei no meu grande pai. E sei que essa não seria sua ação. Porque meu pai era o cara que mesmo depois de muitas decepções e rasteiras, continuava acreditando.
Eu só queria que de alguma forma as pessoas soubessem que eu realmente estou me esforçando pra continuar acreditando - na vida, nas pessoas, nas coisas, nas escolhas... E queria que o meu grande pai soubesse que eu tô tentando seguir seus passos, seus princípios e ser a melhor pessoa que eu possa ser.
Hoje eu queria ligar pra ele pra dizer isso que eu tô me esforçando.
Que bom que a seleção brasileira de futebol masculino levou o seu primeiro ouro, e bem nas Olímpiadas Rio 2016.

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